segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Recursos


Recursos são elementos da própria situação problemática ou do seu entorno, que podem ser mobilizados para solucionar ou contribuir para a solução de um problema. Podem ser definidos como sendo quaisquer elementos do sistema sob análise ou das cercanias que ainda não foram utilizados para a execução de funções úteis.

Um exemplo do uso de recursos aconteceu com a invenção do turbocompressor utilizado em motores de combustão interna, que transforma parte da energia dos gases de combustão em sobre-pressão do ar alimentado. Neste caso, o recurso utilizado corresponde à energia.

A utilização de recursos tende a aproximar o sistema técnico do ideal, ou seja, esta é uma forma de alcançar a idealidade, conceito da TRIZ tratado na postagem anterior.

Na figura abaixo, está mais um exemplo do uso de recursos.

Trata-se de uma brincadeira, não estamos fomentando a exploração do trabalho infantil!!

Desejo aos leitores um 2008 repleto de paz, saúde e sucesso!

sábado, 17 de novembro de 2007

Contradições

Contradições são declarações que afirmam coisas aparentemente incompatíveis ou opostas. Altshuller demonstrou que as partes dos sistemas técnicos são desenvolvidas, ao longo de suas sucessivas versões, de forma não uniforme, o que provoca o surgimento de contradições. A evolução de tais sistemas envolve a superação, ou resolução de contradições. Para ilustrar este fato, no quadro abaixo, são identificados problemas e contradições surgidos no decorrer da evolução da roda, os quais foram sendo solucionados por meio da criação de novos sistemas. Este quadro também exemplifica o processo de aumento da idealidade, discutido em postagem anterior, porque a resolução de contradições é um dos processos por meio dos quais a idealidade é aumentada.

As contradições podem aparecer numa variedade de formas. Savransky sugeriu uma classificação de contradições que contém contradições técnicas, físicas, matemáticas, fundamentais, cosmológicas, individuais, administrativas e culturais. As contradições de interesse na TRIZ clássica são as técnicas e físicas.

Contradições na evolução da roda

Sistema Técnico

Problema ou contradição solucionado

Trenó

Força excessiva para arrasto simples das cargas.

Rolo

Força excessiva para arrasto do trenó.

A primeira roda de que se tem notícia, de madeira sólida, encaixada de forma solidária no eixo.

Redução da força conseguido com uso de trenós ou rolos, acompanhado, no caso dos rolos, pela inconveniência e falta de portabilidade.

Roda de madeira com raios.

Aumento da conveniência e da portabilidade, conflitando com peso excessivo, pelo fato de o ST consistir de peças maciças.

Roda de madeira com raios e banda de rodagem feita de couro, madeira, ferro ou aço.

Redução do peso, sendo o maior inconveniente a pequena durabilidade da banda de rodagem (feita de couro ou madeira);

Durabilidade versus baixa aderência ao solo (ferro ou aço).

Roda de ferro ou aço com raios e banda de rodagem feita de couro, madeira, ferro ou aço.

Peso reduzido x pequena durabilidade da banda de rodagem (couro, madeira);

Durabilidade versus baixa aderência ao solo (ferro).

Roda de aço com raios e banda de rodagem feita de borracha sólida.

Aderência ao solo conflitando com baixa velocidade máxima.

Roda de aço com raios tensionados e banda de rodagem feita de borracha sólida.

Excesso de peso, excesso de rigidez.

Roda de aço com raios tensionados e pneu entrelaçado.

Baixa tração, excesso de rigidez, baixa velocidade.

Roda com disco de aço e pneu entrelaçado.

Pequena manufaturabilidade e baixa resistência mecânica.

Roda com disco de aço e pneu radial.

Baixa resistência mecânica e atrito interno e aquecimento excessivos.

Roda com disco de aço e pneu tweel (da marca Michelin).

Baixa manobrabilidade e baixa segurança.


As contradições técnicas ocorrem quando há conflitos entre dois parâmetros, ou seja, as tentativas usuais para melhorar um deles pioram outro. Num motor, por exemplo, há uma contradição técnica entre potência e peso: ao tentar uma melhoria de desempenho do motor, aumentando sua potência, o peso é aumentado (o que é, em geral, indesejável). De modo similar, na asa de uma aeronave, há uma contradição técnica entre resistência mecânica (que se deseja maximizar) e peso (que se deseja minimizar).

Níveis contraditórios de um mesmo parâmetro ou propriedade correspondem a contradições físicas. Na contradição física, um mesmo parâmetro ou propriedade deve ser alto e baixo, presente e ausente, grande e pequeno, etc. Considerando o exemplo da asa do avião, podem ser formuladas as seguintes contradições físicas:

· a resistência mecânica precisa ser alta (porque há a necessidade de resistir às solicitações mecânicas) e baixa (porque é preciso gastar pouco material e manter a leveza);

· o peso precisa ser alto (devido à resistência mecânica) e baixo (devido à necessidade de economizar combustível).

Savransky utilizou os termos par e ponto para referir-se às contradições técnicas e físicas, uma vez que as contradições técnicas referem-se a dois parâmetros contraditórios (um par) e as contradições físicas, a um mesmo parâmetro em níveis contraditórios (um ponto). É uma nomenclatura coerente, mas, os tradicionais nomes "contradição técnica" e "contradição física" tendem a prevalecer nos textos de TRIZ.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O Conceito de Idealidade


O conceito de idealidade refere-se à observação de que os sistemas técnicos evoluem, ao longo do tempo, no sentido do aumento das funções úteis e da diminuição das funções inúteis, prejudiciais e, mesmo, das funções neutras. A ocorrência deste fato pode ser observada tanto por meio das melhorias incrementais como das inovações radicais em produtos.

O aumento da idealidade pode ser exemplificado por meio do modem, que, por volta de 1985, era um componente separado dos computadores aos quais servia, montado num gabinete com volume de cerca de 1,5l. O modem foi, gradualmente, diminuindo de tamanho (menor espaço ocupado, menor consumo de materiais) e transmitindo dados a velocidades cada vez maiores. Hoje, o modem é, em alguns computadores, uma placa dentro do gabinete, um único chip, ou, mesmo, assume a forma não física de software.

O aumento da idealidade acontece independentemente da vontade de uma pessoa ou de uma empresa. Considerando a limpeza de roupas, por exemplo, qual seria a solução ideal? Roupas que limpam a si mesmas? Ou roupas que não se sujam? Um dia, chegaremos a roupas deste tipo, ou algo parecido? Provavelmente, sim. E o que acontecerá com a indústria de lavadoras de roupas ou com a de sabão em pó?

Pensar na solução ideal permite estabelecer uma meta ousada de desenvolvimento, que, se a empresa não seguir, algum concorrente seguirá. Também permite identificar, antecipadamente, de onde poderão vir ameaças.


segunda-feira, 11 de junho de 2007

Os fundamentos filosóficos da TRIZ


A TRIZ tem como fundamento filosófico as leis da dialética. Na filosofia, vários filósofos trataram do tema. A formulação das leis da dialética que está ligada à TRIZ é a proposta por Engels.

Para Engels, dialética é idéia fundamental segundo a qual o mundo não deve ser considerado como um conjunto de coisas acabadas, mas como um complexo de processos. As coisas, na aparência estáveis, passam por uma mudança ininterrupta de nascer e decair e, apesar de todos os insucessos aparentes e retrocessos momentâneos, um desenvolvimento progressivo sempre acaba por acontecer.

As leis da dialética são a Lei da Unidade e da Polaridade, a Lei da Mudança Qualitativa e a Lei da Negação da Negação. A tabela abaixo apresenta exemplos tecnológicos das leis.

A Lei da Unidade e da Polaridade está ligada aos conceitos de Idealidade, Sistemática e Contradição.

A Lei da Mudança Qualitativa conecta-se diretamente ao conceito de Idealidade e ao modelo da Curva S. Ao longo do tempo, ocorre evolução no sentido de mais e melhores funções desejadas e menos funções indesejadas.

A Lei da Negação da Negação também está ligada aos conceitos de Idealidade e de Contradição. A resolução de uma contradição resulta numa solução que contém, ao mesmo tempo, as propriedades originalmente conflitantes no problema.

Em mensagens futuras, vamos tratar dos conceitos fundamentais da TRIZ.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Os Níveis Inventivos


Altshuller, o criador da TRIZ, estudou patentes de diferentes áreas, com o objetivo de buscar alternativas mais eficazes aos métodos para a solução criativa de problemas até então disponíveis – o brainstorming e o método morfológico. Esta abordagem diferenciou-se das anteriores por focalizar-se nos registros do produto criativo das áreas técnicas: as patentes. Altshuller e, posteriormente, seus colaboradores, procuraram definir quais os processos envolvidos na obtenção das soluções criativas contidas nas patentes. Assim, através do estudo das patentes foram sendo encontradas regularidades, colecionadas com o intuito de uso para a solução de futuros problemas.

Durante o desenvolvimento da TRIZ, Altshuller acreditava estar criando uma metodologia universal para a solução de problemas inventivos, ou seja, problemas que envolvessem a resolução de uma contradição. Deste modo, focou sua pesquisa por heurísticas, princípios e leis nas invenções consideradas de alto nível inventivo, com base na classificação resumida na tabela abaixo (clique para ampliar).

O nível 1 corresponde às patentes que descrevem a resolução de problemas rotineiros, limitadas a pequenas mudanças em relação ao estado da técnica. As invenções de nível 2 envolvem um pouco mais de conhecimento por parte do inventor, mas, ainda sem a introdução de conhecimento de áreas remotas e sem que tenha ocorrido a resolução de uma contradição. Invenções de nível 3 representam mudanças mais significativas, muitas vezes com a introdução de elementos que eram estranhos à indústria em questão e envolvem a remoção de contradições. O nível 4 corresponde àquelas invenções que, praticamente, nada têm a ver com o estado da técnica, ou seja, utilizam princípios de funcionamento diferentes dos tradicionais e, portanto, estão criando novos paradigmas tecnológicos. Finalmente, as invenções de nível 5 correspondem ao resultado de pioneirismo científico e tecnológico, ou seja, são as invenções somente possíveis pela aplicação da descoberta de um novo fenômeno ou efeito.

A forma de classificar uma invenção numa categoria ou outra foi baseada nos critérios:

- do número estimado de tentativas que seriam necessárias para chegar à solução inventiva, usando processos de geração livre de idéias, como o brainstorming;

- do escopo do problema e dos meios de solução – situado dentro da área de conhecimento do inventor e do corpo de conhecimento da indústria em que atua ou em áreas remotas;

- da existência ou não de uma contradição na situação problemática original.

A classificação dos níveis inventivos carece de formalidade, mas, cumpriu o papel para a qual foi criada: permitir a limitação do número de patentes a serem analisadas e o foco do desenvolvimento da TRIZ nas patentes de níveis mais altos (3, 4 e 5).

Para Altshuller, a TRIZ deveria ser utilizada para resolver problemas dos níveis 2, 3, 4 e 5. Problemas do nível 1 não necessitam ser resolvidos com o uso da TRIZ.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Estrutura da TRIZ

A figura abaixo mostra uma estrutura da TRIZ, que propus na minha dissertação de mestrado, em 1999 (clique para ampliar).

Já abordei os Princípios Inventivos e as 121 Heurísticas (parentes dos Princípios) e, ao longo do tempo, vou procurar falar de cada uma das outras partes aqui no blog.



terça-feira, 8 de maio de 2007

121 Heurísticas


As 121 Heurísticas (ou 121H) são uma parte relativamente pouco conhecida da TRIZ. Trata-se de "dicas", similares aos 40 Princípios Inventivos, que indicam possíveis direções para a solução de problemas.


As 121H diferenciam-se dos Princípios porque sua obtenção foi baseada não somente em patentes, mas, também, na experiência prática de pessoas envolvidas com a solução de problemas técnicos e científicos.

As 121H são divididas em 8 classes: Transformações de forma, Transformações de estrutura, Transformações no espaço, Transformações no tempo, Transformações de movimentos e forças, Transformações de materiais, Expedientes de diferenciação e Transformações quantitativas.

A Heurística 1.2, por exemplo, sugere criar cavidades num sistema, ou o contrário (se o sistema contém cavidades, removê-las). Um exemplo está na Patente US5200573: projétil com uma matriz de cavidades na superfície – as cavidades reduzem o arrasto aerodinâmico.


Talvez o exemplo não pareça emocionante, mas, certamente emociona a pessoa que detém a patente. Ela deve estar rica, porque, no texto das reivindicações da patente, incluiu a aplicação do mesmo princípio a todas as superfícies aerodinâmicas. Isso pode ser usado em, além de todos os tipos de projéteis, tudo o mais que se move em relação a fluidos, ou seja, todas as aeronaves, todas as embarcações, as tubulações (boa parte delas não se move, mas, o conteúdo se move e, aí, o princípio também vale) os automóveis e, mesmo, as bolas de golfe.

Os interessados nas 121H podem encontrar informações completas e exemplos no nosso livro de 2003, 121 Heuristics for Solving Problems, em co-autoria com S. D. Savransky e T. Wei, à venda na Amazon.com (http://www.amazon.com/gp/product/1411616898).

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Princípios Inventivos


O Método dos Princípios Inventivos (MPI) é, provavelmente, o método mais popular da TRIZ. Foi desenvolvido originalmente nos anos 70 e tornou-se tão conhecido que quase virou sinônimo de TRIZ. Exagero: embora eles sejam bastante úteis, a TRIZ vai muito além dos Princípios.


O MPI trabalha com a resolução de contradições técnicas. Coisas que acontecem, por exemplo, no seu carro: você quer muito espaço para as malas, mas, com isso, o consumo de combustível aumenta (devido ao maior peso e maior mais arrasto aerodinâmico). Ou, você quer carregar bicicletas para o parque no domingo de manhã, mas, com isso, a sua vida torna-se complicada (a não ser que você ache montar tudo aquilo atrás do carro fácil...).

Com relação à questão do suporte para bicicletas, a Opel (subsidiária alemã da GM) achou a interessante solução abaixo, exemplo do Princípio Inventivo 7 - Aninhamento.


Você pode encontrar informações para utilizar os princípios inventivos em: http://www.decarvalho.eng.br/triz.html.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Livro com estudos de caso de TRIZ


Sou um dos editores de um livro com estudos de caso de TRIZ. O objetivo é publicar situações em que foi feita a aplicação de conceitos e ferramentas da TRIZ e se tenha chegado a implementar as soluções na prática. São bem vindas aplicações industriais, administrativas e outras. Atrasamos um pouco o processo e ainda estamos recebendo abstracts, que podem ser enviados para meu e-mail
(marco.a.de.carvalho[arroba]gmail.com) ou para o e-mail indicado na imagem acima, até 15/03/07.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

TRIZnik???


TRIZnik poderia ser traduzido para o português como "TRIZeiro", ou seja, aquele que é um entusiasta da TRIZ, estudando-a e utilizando-a para resolver problemas no seu trabalho e no dia-a-dia.


Algumas pessoas da comunidade internacional de TRIZ não apreciam o termo, que foi criado pelo TRIZnik "rebelde" Y. Karasik. Talvez porque o termo soe estranho para os eslavos, lembre beatnik, ou Sputnik. Sabe-se lá.

Entretanto, como ex-aluno e colaborador de S. D. Savransky (autor do livro Engineering of Creativity - Introduction to TRIZ Methodology of Inventive Problem Solving), que utiliza muito o termo e entusiasta da TRIZ, considero-me um TRIZnik.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Mais sobre a Associação


Esta mensagem foi direcionada para pessoas envolvidas com a TRIZ no Brasil, dentre minha rede de contatos. Como é impossível ter uma cadastro completo, porque uma pessoa interessa-se por TRIZ a cada segundo :-), estou replicando abaixo. Caso tenha interesse, entre em contato comigo pelo e-mail marco.a.de.carvalho[arroba]gmail.com. Não estou usando o @ no endereço acima, numa tentativa de escapar dos spiders, aqueles programinhas danados que podem coletar endereços de e-mail na internet para uso de spammers. Para a sua mensagem chegar a mim, entretanto, você precisará colocar o @ no local correto.


Aqui vai a mensagem:

Boa tarde,

você está recebendo esta mensagem porque está ou esteve envolvido com TRIZ / Inovação Sistemática de alguma forma, no Brasil.

Gostaríamos de saber se você tem interesse em juntar-se a um grupo que está nascendo, iniciando o planejamento de uma associação brasileira de
TRIZ / Inovação Sistemática.

A motivação para a associação surge porque temos (o grupo) percebido a necessidade de preservar, disseminar e desenvolver o corpo de conhecimento da TRIZ no Brasil. Talvez, num primeiro momento, principalmente disseminar.

Pelas discussões feitas até agora, imaginamos que a associação deveria agregar valor para os associados (com serviços úteis, como publicações e treinamentos) e, finalmente, para a sociedade brasileira como um todo, atuando de forma séria no tema TRIZ / Inovação Sistemática.

O caminho a desbravar é grande. Acreditamos que, pelo mesmo motivo, as potenciais recompensas também são grandes.

Pensamos, também, que precisamos ter equilíbrio na associação, ou seja,
não ter somente pessoas com a visão acadêmica, nem somente com a visão empresarial, nem somente com a visão de consultoria... até porque não foi na academia e nem numa empresa que a TRIZ nasceu e se desenvolveu, mas, numa pessoa (Altshuller) e, depois, num grupo de pessoas apaixonadas pelo tema. Tampouco queremos homogeneidade de formações, embora o grupo atual tenha somente engenheiros.

Enfim, há muitas idéias cozinhando e o objetivo desta mensagem é apenas o de uma provocação inicial. Aguardamos suas manifestações e comentários.

Caso considere adequado, por favor, repasse esta mensagem a outras pessoas possivelmente interessadas.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Associação Brasileira de TRIZ


Em conjunto com pessoas ligadas a empresas, consultoria e academia, estamos iniciando as discussões acerca da criação de uma sociedade brasileira de TRIZ / Inovação Sistemática. Pessoas interessadas em ajudar e/ou fazer parte da sociedade: por favor, manifestem-se.

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Guia para o corpo de conhecimento da TRIZ


As 3 maiores associações de TRIZ (MATRIZ, Altshuller Institute e ETRIA) estão trabalhando em conjunto para criar um guia para o corpo de conhecimento da TRIZ. Isso é mais ou menos na linha do famoso PMBOK (www.pmi.org) e objetiva criar uma linguagem comum, bem como um sistema de treinamento e de certificação. As discussões estão avançando desde o início de 2006 e espera-se, até o final de 2007, ter a primeira versão do guia e do sistema de certificação. Estou participando deste processo, através da ETRIA.

Informações sobre TRIZ


Olá!


Provavelmente, você chegou a este blog porque já sabe algo sobre TRIZ, a Teoria da Resolução de Problemas Inventivos... ou Teoria da Solução Inventiva de Problemas??

A segunda tradução decorre de uma tradução originalmente feita do russo para o inglês. Ela não é a mais fiel ao original. A tradução Teoria da Resolução de Problemas Inventivos é a correta. Por que?

Bem, para o criador da TRIZ, G. S. Altshuller, problemas inventivos são uma categoria específica de problemas: aqueles que contém contradições. Ou seja, a TRIZ não é para resolver qualquer probleminha banal, mas, sim, aqueles de maior dificuldade (níveis 3, 4 e 5 na escala de níveis inventivos criada por Altshuller). E é difícil discordar dele: para que usar um canhão para matar uma mosca?

Falando um pouquinho mais de TRIZ: ela começou a ser desenvolvida nos anos 1940, na antiga URSS. O nome TRIZ somente surgiu nos anos 1970. A difusão no Ocidente vem acontecendo mais fortemente desde os anos 1990 e, no Brasil, desde meados dos anos 1990. Os pioneiros no Brasil foram o Eduardo Moura, da Qualiplus, na área corporativa e este que escreve, vinculado à Aditiva Consultoria, bem como à UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) e à UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), na área acadêmica.

Nesta página, podem ser encontradas informações sobre TRIZ em português: http://www.decarvalho.eng.br/triz.html.

Quanto a este blog, é uma experiência no sentido de trazer informações atualizadas sobre a TRIZ - especialmente sobre seu desenvolvimento no Brasil - numa freqüência de atualização maior que a da página acima.

Espero que o blog possa ser útil a quem passar por aqui!

Ah! Quase esqueci: embora não seja o mais fiel ao original, adotaremos aqui a tradução Teoria da Solução de Problemas Inventivos.